Artigo: A urgência e o desafio estratégico da inteligência artificial

3 Minutos de leitura 9 mai 2023
Por Agência EY

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3 Minutos de leitura 9 mai 2023

Por Denis Balaguer, líder de inovações da EY Brasil

Não é a inteligência artificial que vai matar empresas, mas a irrelevância. Essa é a reflexão central capturada com base na enorme diversidade de apresentações e debates sobre inteligência artificial generativa no Web Summit Rio 2023, que aconteceu de 1 a 4 de maio.

O assunto foi sem dúvida um dos mais comentados no evento, discutido em diversos painéis, nos corredores e no incrível número de startups apresentando soluções baseadas nessa tecnologia. E esse insight é construído a partir de três percepções convergentes.

Primeiro, a inteligência artificial representa uma mudança no regime tecnológico, ou seja, da infraestrutura técnica do funcionamento da economia. Assim como tivemos vapor, eletrificação, linha de produção, logística integrada, agora a IA, conectada com outras tecnologias digitais, se tornará o componente fundacional de qualquer modelo de negócio e operação.

O segundo ponto é que a IA é uma habilitadora das capacidades individuais e das empresas, atuando diretamente para reduzir barreiras de entrada. Pense, por exemplo, em um desenhista: a IA não substitui o trabalho criativo, mas habilita pessoas que não possuem a habilidade técnica a expressar, de forma profissional, sua capacidade de criação.

Já a terceira e última reflexão é: o que torna uma empresa valiosa para seus clientes não é a tecnologia que ela usa, mas a capacidade de prover soluções úteis. Empresas que acreditam que seu valor está na capacidade técnica acumulada terão grandes barreiras para conseguir ressignificar sua proposta de valor em uma transição técnica tão profunda.

Essas três forças de mudança transformam o panorama competitivo e reforçam a evidência histórica de que seu competidor mais perigoso não é o que captura o market share, mas o que torna o seu negócio irrelevante, substituindo a sua proposta de valor.

O evento, que gerou tantos debates e iniciativas, mostrou que a IA generativa já é uma realidade de negócio e não apenas uma tendência, o que põe urgência no que tange ao desafio estratégico das empresas, que precisam repensar aquilo que torna relevante cada uma delas. O momento é de agir rapidamente para ressignificar seu propósito nesse paradigma emergente.

*Este artigo foi publicado inicialmente no site B9.

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