Artigo: Quase metade dos CFOs aspira a um cargo de CEO no longo prazo

3 Minutos de leitura 28 jul 2023
Por Agência EY

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3 Minutos de leitura 28 jul 2023

Por Myles Corson, líder de Estratégia e Mercados da EY Global e Américas

Os líderes financeiros passaram a enxergar o cargo de CFO (Chief Financial Officer) como um trampolim para o de CEO (Chief Executive Officer), indica o “2023 Global EY DNA of the CFO Report”. Quase metade dos CFOs (45%) aspira a um cargo de CEO no longo prazo. Esse movimento ocorre porque a expansão do escopo de CFO observada recentemente pode fornecer a base estratégica e experiências valiosas para exercer o cargo de CEO. A pesquisa revela, ainda, que 84% dos entrevistados reconhecem o papel do CFO como altamente desafiador, mas também afirmam que nunca houve um momento tão estimulante para ocupar esse cargo.

Essas informações ressaltam a importância do cargo de CFO nas ambições de carreira dos executivos e a relevância de preparar os líderes financeiros para o futuro. Ainda segundo o estudo, os CFOs identificaram dois desafios principais para alcançar suas prioridades de carreira: “encontrar tempo para desenvolver novos conhecimentos” (37% dos entrevistados) e “gerenciar ampla gama de responsabilidades operacionais, incluindo TI e RH” (34% dos respondentes).

Esses desafios podem estar interligados. Conforme os CFOs expandem suas responsabilidades operacionais, eles devem adquirir conhecimentos além das finanças, como RH e marketing. No entanto, as limitações de tempo, muitas vezes, dificultam sua capacidade de investir na construção desse conhecimento.

A evolução das expectativas por parte das empresas para os CFOs inclui a expansão de seus conhecimentos em novos domínios. Isso destaca uma mudança no sentido de valorizar a liderança estratégica e inspiradora, que vai muito além da experiência na função, sinalizando uma desconexão da percepção tradicional da função de CFO.

Inteligência emocional

A principal habilidade esperada dos CFOs de sucesso nos próximos cinco anos é “inteligência emocional altamente desenvolvida”, além de experiência com diversidade e bem-estar. Ao avaliar potenciais talentos em suas equipes, os CFOs devem priorizar profissionais com inteligência emocional e habilidades interpessoais. A importância da inteligência emocional é reforçada pela recente pesquisa da EY e da Saïd Business School, da Universidade de Oxford, que descobriu que muitos CFOs não possuem suporte suficiente para lidar com as pressões psicológicas e emocionais causadas por um programa de transformação financeira.

Por fim, o mercado espera que os CFOs priorizem o desenvolvimento da próxima geração de líderes. Entre os entrevistados pelo “2023 Global EY DNA of the CFO Report” que não são CFOs, somente 48% consideram que seu CFO investe tempo suficiente em mentoria. Os CFOs precisam, portanto, criar programas de mentoria que construam relacionamento de confiança com seus mentorados, compartilhando feedbacks honestos e desafiando esses profissionais de forma construtiva.

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