Por José Ronaldo Rocha, sócio da EY e líder de consultoria para Tecnologia, Mídia & Entretenimento e Telecomunicações (TMT) para América do Sul; Rafael Pessoa, gerente de Desenvolvimento de Negócios da EY para o segmento de Tecnologia, Mídia & Entretenimento e Telecomunicações (TMT); e Eduardo Moreno, consultor sênior e especialista em 5G e IoT
Aos poucos, a tecnologia 5G começa a se tornar realidade no país. O sinal da quinta geração de internet móvel já está ligado em diversas capitais brasileiras e, gradualmente, cada vez mais cidades deverão receber a nova tecnologia, que deve acarretar muitos benefícios para a sociedade.
O 5G será fundamental para a transformação de diversos setores da economia e todos eles poderão se beneficiar, sob os mais diversos aspectos. Os provedores de 5G deverão oferecer novos serviços e produtos, com especificações muito mais desafiadoras, permitindo significativo avanço nas aplicações customizadas, levando adequação, competividade e segurança aos seus clientes corporativos.
Em resumo, as perspectivas de investimento em 5G permanecem fortes este ano entre as empresas de todos os setores e verticais de negócio. No entanto, conforme estudo realizado pela EY, apenas 25% das empresas estão muito confiantes em suas capacidades de implementar o 5G com sucesso.
À medida que a sustentabilidade continua no topo da agenda corporativa, os provedores de 5G devem mostrar que os casos de uso de 5G e IoT (chamada Internet das Coisas) oferecem oportunidades de avanço nesta área, já que o 5G é uma tecnologia moderna e muito mais eficiente, com níveis de consumo muito mais baixos.
Apesar dos gastos atuais e futuros em uma série de tecnologias emergentes e em casos de uso que proporcionaram maior resiliência durante a pandemia, o mundo do 5G industrial enfrenta alguns desafios significativos. Os próximos anos serão fundamentais para que líderes dos mais diversos setores e verticais solidifiquem seus planos em relação à tecnologia, com estratégia, governança e business case claros.
Globalmente, a pesquisa mostra que boa parte dos executivos tem planos de investir em 5G em até três anos. A expectativa é que a adoção da tecnologia comece a massificar assim que os casos de sucesso comecem a surgir, especialmente nos Estados Unidos e China, países que estão liderando os desenvolvimentos e aplicações em relação ao tema.
O Brasil pode se beneficiar de sua posição de acompanhamento das grandes potências tecnológicas para avaliar as melhores aplicações que possam fazer sentido para a realidade nacional. As experiências de sucesso e o conhecimento dos desafios enfrentados, a combinação com outras tecnologias, como big data, analytics, edge computing, robótica, entre outras, e a sinergia na sua utilização conjunta têm potencial para trazer muitas oportunidades ao país.
A pesquisa mostra que ainda existe um nível relevante de insegurança em relação às oportunidades trazidas pelo 5G, pois o mais recente estudo EY Reimagining Industry Futures revela que apenas 25% dos entrevistados estão realmente confiantes de que sua organização pode implementar com sucesso o 5G. Portanto, existe uma grande necessidade de suporte de parcerias, incluindo dos provedores de 5G, para dar o necessário apoio a empresas, de diversas verticais, em suas jornadas de evolução tecnológica, para que estas ganhem em conhecimento e segurança e contribuam para a formação de um ecossistema de serviços e soluções 5G.
Para fazer isso, é vital entender as oportunidades e a posição das empresas em diversas verticais com relação às aplicações do 5G, para que estas possam avançar em suas soluções, e os provedores possam atender como parceiros de negócios confiáveis.
O EY Reimagining Industry Futures Study 2022 ouviu percepções de mais de 1.018 executivos sobre 5G e Internet das Coisas (IoT). Os entrevistados foram retirados de vários setores e geografias da indústria, apenas com respostas daqueles que se declararam com “conhecimento moderado” ou acima sobre iniciativas de IoT ou 5G dentro de suas organizações.
A pesquisa explorou as atitudes e intenções dos executivos em relação às tecnologias emergentes, com foco específico em IoT e 5G. Os temas examinados incluem intenções de gastos com tecnologia emergente e casos de uso da Indústria 4.0 entregues pelo 5G, bem como as atitudes das empresas para com fornecedores e ecossistemas colaborativos.
